Estudar (mais) é preciso

Nos últimos quarenta anos, Portugal tem conhecido um percurso de inquestionável reconhecimento no plano nacional e internacional em matéria de formação. Todavia, os níveis de população com formação superior estão ainda aquém do que seria desejável alcançar.

Na verdade, entre outras evidências, apenas 4 em 10 jovens com 20 anos está a frequentar o ensino superior, as taxas de insucesso e abandono têm ainda expressão considerável e os níveis gerais de formação superior da nossa sociedade são ainda visivelmente modestos.

Neste sentido, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior tem em curso a iniciativa “Estudar (mais) é preciso”, prosseguindo o propósito de reforçar a perceção da necessidade da formação e da qualificação.

Os dados são expressivos e elucidativos:

  • Em média, entre 80% a 91% dos adultos que concluíram os vários níveis de formação superior têm emprego (contra 74% a 79% daqueles que concluem o secundário, e menos de 60% dos adultos que não concluíram o secundário);
  • Em todos os países da OCDE, a diferença salarial entre adultos com formação superior e adultos com formação secundária é geralmente mais evidente do que a diferença salarial entre estes últimos e os adultos sem formação secundária;
  • O mercado de trabalho continua a considerar um diploma superior como o principal indicador das competências de um trabalhador;
  • Os benefícios da aposta na formação superior são ainda visíveis em competências pessoais como a literacia, e desempenhos sociais como a confiança interpessoal ou o compromisso cívico.

Das várias iniciativas destacamos:

  • Portal continuaaestudar.pt, que acolherá informação relevante sobre as condições de acesso e frequência do ensino superior;
  • Iniciativa Comboio do Conhecimento, que visa estimular a aquisição de competências e o conhecimento do território, através da oferta de 7 dias de viagens de comboio para os estudantes que transitem do 1º para o 2º ano do ensino superior com aproveitamento escolar.