Estão a aumentar os pedidos de apoio psicológico nas universidades

Notícia publicada no Diário de Notícias de 19/04/2018

https://www.dn.pt/portugal/interior/estao-a-aumentar-os-pedidos-de-apoio-psicologico-nas-universidades-9269908.html

Transcrevem-se excertos da notícia.

O Serviço de Apoio ao Estudante do Instituto Politécnico de Leiria existe para ajudar os estudantes a conseguirem ultrapassar as suas dificuldades. Conta com o SAPE!

“Ansiedade, ataques de pânico, falta de apetite, dias a fio sem dormir. “Foi uma estupidez aquilo a que me sujeitei”, diz Francisco M., de 28 anos, a fazer um doutoramento em Biotecnologia. Estava no segundo ano da licenciatura em Bioquímica quando os problemas começaram a surgir. “Efetuei um crédito para poder estudar, não podia chumbar. Coloquei muita pressão sobre mim mesmo. Também coincidiu com o facto de ter deixado de praticar desporto”, recorda.

Com a psicoterapia, Francisco aprendeu “a gerir a ansiedade”. Já não tem crises. “Sou financiado por uma instituição para fazer o doutoramento, mas não quero seguir esta área. Para quem quer continuar, pode ser doentio”, assume, destacando a precariedade em que vivem os doutorandos e a pressão para fazer publicações. “Já vi pessoas a chorar pelos corredores do centro de investigação, a terem ataques de pânico”, releva.”

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“Foi precisamente na primeira época de exames da licenciatura que Mariana Abrantes, de 23 anos, sentiu o primeiro pico de stress e ansiedade. “Por causa do choque relacionado com a quantidade de matéria a estudar e do número de exames”, diz a jovem, a fazer mestrado em Biologia Aplicada. Essa ansiedade é agora causada pela incerteza em relação ao futuro. “Com a precariedade que existe no setor da ciência, cada vez me sinto mais perto de ter de entrar nessa vida incerta ou ter de arranjar opções alternativas, possivelmente ir para fora.” E ainda falta a tese, ressalva.”

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“Os problemas variam consoante o ciclo de ensino. “Nos primeiro e segundo ciclos, há a fase de adaptação ao ensino superior, a uma nova forma de avaliação, à relação com os colegas, à pressão.” Já o doutoramento, prossegue, “é para muitos uma forma de trabalhar na área obtendo rendimentos com bolsa”, mas nem sempre uma vocação, pelo que pode surgir frustração.”

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“Problemas como o abandono e o insucesso académico no ensino superior podem ser minimizados com a intervenção de psicólogos. Quem o diz é Teresa Espassandim, membro da direção da Ordem dos Psicólogos, que considera que faltam profissionais desta área nas universidades: “Em Portugal, temos 361 mil estudantes do ensino superior e não existirão mais do que cem psicólogos a intervir neste contexto.” Preocupações que já foram dadas a conhecer à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Com o “crescimento do apoio psicológico aos estudantes na década de 1990 e no início dos anos 2000”, a psicóloga refere que “vai existindo alguma possibilidade de acesso a consultas”, mas “ainda muito aquém”. Destacando que deve ser feita uma aposta na prevenção, adianta que estes profissionais “intervêm nas grandes preocupações das universidades: abandono, insucesso académico, mudança de curso”. Problemas que “originam sintomatologia ansiosa e depressiva”.

Teresa Espassandim recorda o estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, feito em 2012, que concluiu que 17,4% dos universitários têm sintomatologia depressiva clinicamente significativa e lembra que “é entre os 18 e os 24 anos que se desenvolvem as psicopatologias graves”. Por isso, frisa, esta é uma área que preocupa a ordem: “Temos um grupo de trabalho para a intervenção do psicólogo em contexto de ensino superior, com vista à criação de guidelines, devido à necessidade de orientação neste contexto, que implica uma amplitude de atividades e de programação de intervenção e prevenção.”

Quando chegam ao ensino superior, os jovens deparam-se com desafios novos, o que faz que esta seja uma altura que merece especial atenção do ponto de vista do apoio psicológico. “Vão viver sozinhos, por vezes não estão no curso desejado e não têm o êxito escolar que pretendiam. Isto pode desencadear uma ansiedade maior. Além disso, há casos em que existe consumo de álcool e drogas associado”, indica a psicóloga.”

Candidaturas para o projeto U-BIKE – Politécnico de Leiria!

Abriram as candidaturas para o projeto U-BIKE – Politécnico de Leiria!

Agora até dia 15 de abril.

Está a decorrer o primeiro período de candidatura para a cedência das 220 bicicletas do projeto U-Bike IPLeiria. Basta aceder a www.ubike.ipleiria.pt e preencher o formulário de candidatura. Pode igualmente consultar o regulamento do projeto, tirar todas as dúvidas e perceber mais sobre as regras de atribuição e utilização das bicicletas.

Uma das bicicletas elétricas U-Bike – Politécnico de Leiria pode ser sua durante vários meses. Cada bicicleta tem uma autonomia de 100km e pode ser estacionada nos lugares reservados nos vários campi do Politécnico de Leiria, onde a carrega gratuitamente. Pode ser usada para as deslocações no âmbito das atividades académicas, mas não só!

Candidate-se a uma U-Bike – Politécnico de Leiria e aproveite o melhor meio de mobilidade citadino para um estilo de vida mais saudável, poupando no combustível e no ambiente.

Inscrições na página do projeto: UBIKE.IPLEIRIA.PT

You can already apply for your U-BIKE – Polytechnic of Leiria!
Applications for one of the 220 bikes of the U-Bike IPLeiria project are open between March 19th and April 2nd. Just go to www.ubike.ipleiria.ptand fill out the application form. You can also learn about the rules for using your bicycle and see the answers for some FAQ.

One of the U-Bike IPLeiria electric bicycles can be yours for several months. Each bicycle has a range of 100km and can be parked in the places available on Polytechnic of Leiria’s campuses, where you charge it for free while you are working. You may use it to go to your academic activities or in your everyday life!

Apply for an U-Bike – Polytechnic of Leiria and enjoy the best mobility solution for urban routes and a healthier lifestyle, while saving fuel money and the environment.

Applications in the project’s webpage: UBIKE.IPLEIRIA.PT

Estudar (mais) é preciso

Nos últimos quarenta anos, Portugal tem conhecido um percurso de inquestionável reconhecimento no plano nacional e internacional em matéria de formação. Todavia, os níveis de população com formação superior estão ainda aquém do que seria desejável alcançar.

Na verdade, entre outras evidências, apenas 4 em 10 jovens com 20 anos está a frequentar o ensino superior, as taxas de insucesso e abandono têm ainda expressão considerável e os níveis gerais de formação superior da nossa sociedade são ainda visivelmente modestos.

Neste sentido, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior tem em curso a iniciativa “Estudar (mais) é preciso”, prosseguindo o propósito de reforçar a perceção da necessidade da formação e da qualificação.

Os dados são expressivos e elucidativos:

  • Em média, entre 80% a 91% dos adultos que concluíram os vários níveis de formação superior têm emprego (contra 74% a 79% daqueles que concluem o secundário, e menos de 60% dos adultos que não concluíram o secundário);
  • Em todos os países da OCDE, a diferença salarial entre adultos com formação superior e adultos com formação secundária é geralmente mais evidente do que a diferença salarial entre estes últimos e os adultos sem formação secundária;
  • O mercado de trabalho continua a considerar um diploma superior como o principal indicador das competências de um trabalhador;
  • Os benefícios da aposta na formação superior são ainda visíveis em competências pessoais como a literacia, e desempenhos sociais como a confiança interpessoal ou o compromisso cívico.

Das várias iniciativas destacamos:

  • Portal continuaaestudar.pt, que acolherá informação relevante sobre as condições de acesso e frequência do ensino superior;
  • Iniciativa Comboio do Conhecimento, que visa estimular a aquisição de competências e o conhecimento do território, através da oferta de 7 dias de viagens de comboio para os estudantes que transitem do 1º para o 2º ano do ensino superior com aproveitamento escolar.